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Barreiras “travam” toneladas de lixo antes que cheguem aos oceanos

Uma instituição sem fins lucrativos construiu uma barreira de lixo em um dos rios mais poluentes do mundo, na Guatemala
rio lixo
Rio Las Vacas após enchente (Foto: Divulgação)

Uma instituição sem fins lucrativos fez a construção de uma barreira de lixo em um dos rios mais poluentes do mundo, na Guatemala. As estruturas têm o objetivo de evitar que o plástico e outros resíduos cheguem até os oceanos.

Em 2022, a organização propôs o desafio de conter os tsunamis de lixo do Rio Las Vacas, na Guatemala, que passa para o Rio Motagua e, consequentemente, para o Mar do Caribe. Porém, apesar do esforço para capturar todos os resíduos, o resultado foi a perda da maior parte do lixo. O Rio Motagua, maior rio do país, passa por diversas formas de poluição, que vem tanto da Cidade da Guatemala quanto de áreas próximas.

Assim, a The Ocean Cleanup criou a “Barricada Interceptadora”. Basicamente, é um sistema de barreiras flutuantes instaladas ao longo do Rio Las Vacas. Esse modelo de “filtrar” o rio não apenas retém eficientemente grandes quantidades de plástico, mas também permite o fluxo livre da água abaixo da superfície. 

Colaboradores locais são essenciais na gestão do lixo interceptado, pois ele é retirado da barragem e destinado a locais adequados. Após essa remoção dos resíduos, feita por escavadeiras operadas a partir da costa, o material é pesado e direcionado.

A The Ocean Cleanup enfatiza que a luta contra a poluição plástica exige esforços conjuntos, reforçando a necessidade de colaboração global para livrar os oceanos do plástico.

Veja também: Crianças desenvolvem protótipo de robô que limpa o oceano

Brasileiro dedica seis anos à “Ecobarreira”

Em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, um brasileiro se destaca na luta contra a poluição dos rios. Desde janeiro de 2017, Diego Saldanha é o responsável pela Ecobarreira instalada no Rio Atuba

Ativista ambiental e idealizador da iniciativa, Diego dedica pelo menos uma vez por semana à limpeza da Ecobarreira. Porém, em dias de chuva ou em enchentes, ele chega a fazer a retirada dos resíduos mais de uma vez por dia.

Ao longo dos anos, estima-se que mais de 10 toneladas de lixo tenham sido retiradas do Rio Atuba, incluindo garrafas, latas, objetos de plástico e sacos de lixo. Ele criou, inclusive, um “Museu do Lixo”, que reúne as peças mais inusitadas encontradas no rio. Recentemente, ele tirou uma geladeira da água.

O projeto do Diego Saldanha tem impacto na preservação do Rio Belém, Rio Barigui, Rio Iraí e Rio Iguaçu, que chega às Cataratas do Iguaçu. Ou seja: a Ecobarreira, no Rio Atuba, tem impacto nas Sete Maravilhas do Mundo. 

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva