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Brasil amplia cobertura vacinal contra HPV

País tem registrado avanços na vacinação e está revertendo a tendência de queda nas coberturas vacinais em 15 das 16 vacinas ofertadas ao público infantil
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Ações estratégicas ajudam a aumentar o alcance das vacinas no país

A cobertura vacinal contra o HPV alcançou 83% do público entre 9 e 14 anos em 2024 no Brasil. O índice coloca o país muito acima da média global de aplicação do imunizante, que foi de somente 12%. O aumento é atribuído a estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), que buscam fazer um resgate vacinal do público-alvo. A vacina protege contra diversos tipos de câncer associados ao HPV.

Resgate vacinal

Desde 2023, o país tem registrado avanços na vacinação, revertendo a tendência de queda nas coberturas vacinais em 15 das 16 vacinas ofertadas ao público infantil. Os avanços são resultado da retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI), da garantia da oferta de vacinas, da realização de mobilizações nacionais, da vacinação em escolas e da implementação de estratégias adaptadas à realidade de cada região.

Entre meninas, a cobertura vacinal do HPV passou de 78,42% em 2022 para 82,83% em 2024, enquanto entre os meninos o salto foi de 45,46% para 67,26%, evidenciando crescimento contínuo – um aumento de 22% em apenas dois anos.

Para ampliar a proteção entre adolescentes, o Ministério da Saúde implementou a estratégia de resgate vacinal para jovens de 15 a 19 anos que não se vacinaram anteriormente. Até 21 de agosto, mais de 106 mil adolescentes dessa faixa etária já foram vacinados. Estados com maior número de não vacinados, como São Paulo e Rio de Janeiro, iniciaram a estratégia recentemente, e a expectativa é de que a adesão aumente nas próximas semanas.

Parcerias com sociedades científicas, organizações não governamentais e o Ministério da Educação, que levam ações de vacinação em escolas, campanhas educativas e combate à desinformação também fazem parte das iniciativas.

Vacina contra HPV

Desde 2024, o Brasil adotou o esquema vacinal contra o HPV em dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Assim, o modelo anterior, de duas doses, foi substituído. A iniciativa faz parte do compromisso do Brasil com a OMS para eliminar o câncer de colo do útero. A proposta é atingir 90% de cobertura vacinal entre meninas até 2030.

O país foi além da meta ao incluir também os meninos e, em 2024, passou a adotar a dose única da vacina contra o HPV, em linha com recomendações internacionais.

Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) já distribuiu mais de 75 milhões de doses, consolidando uma das políticas de vacinação mais abrangentes do mundo. O programa inclui meninos, imunossuprimidos, vítimas de violência sexual, usuários de PrEP e crianças com papilomatose respiratória recorrente.

Para pessoas imunocomprometidas, como aquelas vivendo com HIV/AIDS, pacientes oncológicos e transplantados, o esquema permanece em três doses, independentemente da idade. Além disso, pessoas vítimas de violência sexual e usuários de PrEP entre 15 e 45 anos devem receber três doses da vacina, enquanto crianças e adolescentes de 9 a 14 anos vítimas de violência sexual continuam com duas doses.

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