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Doar faz bem: 84% dos brasileiros fizeram doações em 2022

Pesquisa Doação Brasil que mostra que, em 2022, 84% dos brasileiros acima de 18 anos se envolveram com doações no ano
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Doações alcançam números significativos, segundo Instituto (Foto: Ilustração/Freepik)

Cerca de 84% dos brasileiros acima de 18 anos se envolveram com algum tipo de doação em 2022. Este é o maior percentual registrado na série histórica, iniciada em 2015. O número inclui, além da doação em dinheiro, as contribuições de bens e de tempo, na forma de trabalho voluntário. Quando isolada, a doação de dinheiro em geral foi feita por quase metade da população: 48%. Os dados são da Pesquisa Doação Brasil, realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS).

O número de doadores institucionais, ou seja, aqueles que doaram dinheiro para iniciativas (Organizações Sociais Civis, campanhas emergenciais e obras sociais), corresponde a 36% dos respondentes.

A pesquisa revela que o número de doações subiu em relação a anos anteriores. Em 2020, provavelmente devido às dificuldades geradas pela pandemia, o percentual de doadores em geral caiu. No entanto, as ações solidárias ganharam força na medida em que a vida retornou à “normalidade”. Os números de 2022 superaram os números registrados em 2015, quando 77% dos brasileiros faziam doações.

Quem realizou mais doações em 2022 foram as pessoas com 60 anos ou mais. Elas são responsáveis por 42% das doações, seja em dinheiro ou de bens e de tempo. Por outro lado, jovens de 18 a 27 anos representam 27% do montante.

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Doações para instituições sociais

Estipula-se que 36 milhões de brasileiros fizeram doações em dinheiro em 2022. As instituições sociais receberam aproximadamente R$ 12,8 bilhões.

Segundo a pesquisa, os jovens estão ajudando mais, especialmente com a prestação de serviços e tempo destinado às instituições. É o caso da “Somos Todos Heróis”, fundada por estudantes de 19 anos em 2016, que já ajudou mais de 160 crianças em todo o país com itens para tratamento médico. A presidente da instituição, Stephane Oliveira fala sobre o público alcançado pelo projeto.

“Vejo que hoje em dia nosso público-alvo para doação também mudou, sendo mais direcionado para o público mais jovem. Acredito que após a pandemia as pessoas estão procurando não só doar financeiramente. Aumentou muito a procura por trabalhos voluntários. Sendo uma plataforma online, as pessoas podem doar em poucos minutos por pix ou no próprio site. Vejo adolescentes ou pessoas de até 30 anos doando com um volume maior”, conta.

Ela capta até 5 mil reais em itens para a família da criança assistida e atua de forma transparente, para que tanto investidores quanto doadores saibam onde o dinheiro doado está sendo utilizado, e qual o impacto dele na vida dos super-heróis assistidos pela instituição.

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva

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