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Cientistas desenvolvem implante que restaura córneas de pessoas cegas

Segundo o estudo, o implante restaurou a visão de 20 pessoas com córneas doentes. A maioria delas eram completamente cegas
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Cientistas restauram córneas de pessoas completamente cegas (Foto: Divulgação/Thor Balkhed)

Um avanço médico pode mudar a perspectiva de pacientes com problemas de visão, diminuindo a dependência de transplantes. Cientistas desenvolveram um implante feito de proteína de colágeno na pele de porco, que auxilia os olhos humanos. Segundo o estudo, o implante restaurou a visão de 20 pessoas com córneas doentes. A maioria delas eram completamente cegas antes de receberem o implante.

A revista Nature Biotechnology publicou o estudo, conduzido pela Universidade Linköping (LiU) e pela LinkoCare Life Sciences AB. Os resultados são uma esperança para pacientes cegos e com baixa visão, possibilitando um implante de laboratório como alternativa. Dessa forma, essas pessoas não ficam completamente dependentes do transplante de córneas humanas doadas.

“Os resultados mostram que é possível desenvolver um biomaterial que atenda a todos os critérios para ser utilizado como implante humano, que possa ser produzido em massa e armazenado por até dois anos. Assim é possível atingir ainda mais pessoas com problemas de visão”, afirma Neil Lagali, professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Clínicas da LiU.

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No momento, a única maneira de recuperar a visão é pelo transplante de uma córnea de um doador humano. No entanto, o Brasil sofre com a escassez de doadores: apenas um em cada 70 pacientes recebe um transplante de córnea. Por isso, a ideia é tornar a tecnologia acessível a todos.

“Fizemos esforços inovadores para garantir que nossa invenção estará amplamente disponível e acessível a todos e não apenas aos ricos. Por isso, essa tecnologia pode ser usada em todas as partes do mundo”, afirma Mehrdad Rafat, fundador e CEO da empresa LinkoCare Life Sciences AB.

Os especialistas consideram que novo método não é invasivo. O implante é inserido por meio de uma pequena incisão no olho do paciente, feita via laser ou manualmente.

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva

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