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Conheça Klebinho, o gatinho de três patas “mais conversador que você já viu”

Aos seis anos, Klebinho chama a atenção pela simpatia, já que nos vídeos parece responder ao que a tutora pergunta
klebinho
Com mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, Klebinho é a prova de que gatos com deficiência têm muito amor para dar

Aos seis anos, Klebinho conversa com miados constantes. Em um primeiro momento, ele chama atenção pela simpatia, já que nos vídeos parece responder ao que a tutora pergunta. E também por ser muito agitado: tem vídeo dele correndo pela casa e subindo nos móveis, na maior felicidade.

Olhando mais atentamente, é possível perceber que Klebinho é um gato com deficiência, com três patinhas. “A maioria das pessoas não percebe de cara que ele não tem uma pata”, conta a tutora Fernanda Durski, de 24 anos, que atualmente trabalha com internet. A carreira de influencer de Klebinho, inclusive, partiu dela.

Fofo, curioso, lindo, apaixonante: esses são alguns dos elogios que Klebinho recebe em suas redes sociais. Foto: Fernanda Durski/Arquivo Pessoal

A jovem, que já foi modelo, vez ou outra publicava as aventuras de Kleber no seu Instagram. Segundo ela, as pessoas pareciam gostar mais de quando ele aparecia do que seus próprios conteúdos.“Os vídeos dele tinham mais visualizações e curtidas, era impressionante! Então, no começo desse ano, criei o perfil dele”. 

Klebinho é um sucesso estrondoso nas redes. Em menos de um ano, ele tem 22 mil seguidores no Instagram e mais de 220 mil no Tik Tok. Nos vídeos, chama atenção por seu miado característico, como se estivesse “conversando”, o que encanta os seguidores.

Resgate e luta pela vida

Klebinho e seus irmãos foram resgatados pelas tutoras. A mãe deles, Gaia, tinha dado à luz debaixo de um deque./ Foto: Fernanda Durski/Arquivo Pessoal

O gatinho e seu irmão Nelsinho foram adotados ainda filhotes pela tutora Fernanda e sua mãe. Elas sempre tiveram o costume de resgatar animais. No início, eram somente cachorros, mas, desde 2016, começaram a resgatar gatos e nunca mais pararam. 

“Fazíamos parte de uma ONG de resgate de gatos. Naquele ano [2016], encontramos a mãe do Klebinho embaixo de um deque com seus filhotes. Eles tinham poucos dias de vida e estavam todos mordidos”, lembra a jovem. Segundo ela, eram mordidas de rato. Imediatamente, as voluntárias os levaram ao veterinário, mas infelizmente alguns dos  filhotes não resistiram. 

Os que sobreviveram passaram por um tratamento com antibióticos que poderia matá-los, já que tinham menos de uma semana de vida. Klebinho, apesar do risco, conseguiu sobreviver. Na ONG, virou o xodó, mas Fernanda já estava muito apegada ao Klebinho para dá-lo à adoção e ficou com ele.

Klebinho passou por tratamentos para se curar de infecções causadas pelas mordidas. Até hoje a tutora monitora de perto sua saúde. Foto: Fernanda Durski/ Arquivo Pessoal

Por causa das mordidas que sofreu quando filhote, Klebinho ficou sem metade de uma das patinhas. Ele se acostumou a andar sem uma das patas, mas de vez em quando arrastava o pedaço que tinha no chão, o que lhe causava dor. Então, a decisão tomada por Fernanda e sua mãe foi amputar a pata, para que ele não sentisse mais incômodo. Klebinho fez a cirurgia aos seis meses de vida, e o corte infeccionou. De novo, ele poderia ter morrido, porém resistiu.

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Gatos com ou sem deficiência, o amor é o mesmo

Embora não tenha uma das patas, Klebinho faz tudo o que um gato com quatro patas faz. Aliás, faz até mais que muito gato: se joga no chão, sobe em todos os lugares, mia bastante. Segundo a tutora, Kleber não percebe que não tem uma das patas. Isso não o restringe de fazer nada, muito pelo contrário. “Esses dias ele estava em cima do microondas. Do microondas! Eu me surpreendi”, conta Fernanda

De acordo com Fernanda, quando ela e a mãe se mudaram para um apartamento melhor, Klebinho se empolgou. Começou a correr a subir por tudo, até pulava! Foto: Fernanda Durski/ Arquivo Pessoal

Muitas pessoas a questionam sobre a mania que o gatinho tem de conversar, querendo saber se tem algum truque. Ela garante que nunca fez nada para que Klebinho fosse assim, só que sempre conversava com ele, desde filhote. 

Fernanda também recebe muitas mensagens de pessoas que são tutoras de gatos com deficiência (GcD). Esse contato a incentivou a pesquisar mais sobre o tema e a buscar ONGs que trabalhem com os GcDs. “Conversei com algumas instituições e percebi como esses gatos demoram a serem adotados. Vi uma gatinha cega que estava esperando por um lar há um ano e meio; outra, paraplégica, estava no abrigo há seis anos”, relata, indignada.

Desse modo, a influencer deseja usar o perfil de Klebinho para atuar na causa dos gatos com deficiência. “O Klebinho não é 100% e faz a gente muito feliz. Quero mostrar às pessoas que elas podem adotar um GcD, pois é um gato como qualquer outro, com muito amor para dar”.