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Equipe japonesa lança satélites para limpar o espaço

A órbita terrestre tem cerca de 9 mil toneladas de lixo espacial. Missão para limpar o espaço vai recolher detritos com um sistema de imãs.
A órbita terrestre possui cerca de 9 mil toneladas de lixo espacial. Missão japonesa para limpar o espaço busca recolher os detritos por meio de um sistema de imãs.

Na última segunda-feira (22), a empresa japonesa Astroscale lançou a missão ELSA-d para recolher lixo espacial. Basicamente, dois satélites vão remover os detritos da órbita terrestre – uma forma de ajudar a “limpar o espaço”. Isso porque existem quase 9 mil toneladas de restos de satélites, pedaços de aeronaves, partes de foguetes e outras substâncias ao redor do planeta. 

Assim, as duas partes da ELSA-d trabalharão juntas. Uma, chamada cliente, percorre o espaço em busca do lixo. Quando encontra um detrito, a segunda peça, o servidor, se acopla ao cliente por meio de imãs – é um encaixe magnético. Depois, a primeira parte pode voltar a buscar mais detritos. 

A missão japonesa vai funcionar por seis meses, de acordo com a Astroscale. Quando voltarem para a atmosfera da Terra, o cliente e o servidor serão queimados junto ao lixo espacial que recolheram.

Lançamento do foguete Soyuz, que leva as peças da ELSA-d ao espaço. Foto: Astroscale/Divulgação.

A missão ELSA-d

A ELSA-d é a primeira missão que remove o lixo espacial de ponta a ponta. Ou seja, ela captura os resíduos, desintegra-os e o cliente muda de órbita, procurando outras partículas. “É algo grande para nós, estamos muito animados”, disse Mike Lindsay, coordenador de tecnologia da Astroscale, ao portal Spaceflight Now

Lindsay ainda explicou que o sistema de imãs dos satélites facilita o controle da missão. “A interface magnética tolera erros adicionais, de transcrição, de rotação e de angulação”, explica. Dessa forma, a captura do lixo é feita sem grandes problemas técnicos. 

Os equipamentos lançados em março fazem parte de uma demonstração. Se tudo ocorrer como esperado, a Astroscale espera prestar serviços espaciais no futuro. Ou seja: mais faxinas do espaço podem ser realizadas.

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