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Estudantes escrevem cartas para encorajar idosos durante a pandemia

Estudantes do 5º ano de uma escola de São Paulo (SP) estão escrevendo cartas para incentivar idosos oferecendo apoio que participam do Projeto Recrear, promovido pela Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O Recrear incentiva cidadãos a levarem mensagens de conforto emocional para idosos que estão em instituições de longa […]
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Estudantes do 5º ano de uma escola de São Paulo (SP) estão escrevendo cartas para incentivar idosos oferecendo apoio que participam do Projeto Recrear, promovido pela Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O Recrear incentiva cidadãos a levarem mensagens de conforto emocional para idosos que estão em instituições de longa permanência.

Cartas de carinho

As cartas são escritas de próprio punho pelos estudantes e contam ainda com desenhos coloridos. Nos envelopes, há palavras de encorajamento, solidariedade, amor, fé e incentivo para os idosos. Uma forma de fazê-los se sentir abraçados, mesmo que virtualmente, em um momento de reclusão e cuidados com a saúde. 

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Dias melhores

Integrantes de uma geração que nasceu em meio à tecnologia, é possível que muitos estudantes estejam escrevendo uma carta em papel pela primeira vez. E nas folhas que eles colocam toda a simplicidade das crianças. Maria Eduarda, de 10 anos, escreveu: “Eu adoro idosos. Gosto muito de ajudar. Agora nossa quarentena está sendo um pouquinho chata, mas nós temos que ficar em casa para nos protegermos. Espero que estejam se cuidando…”.

Outra carta, assinada por Pedro, também de 10 anos, compartilha a própria experiência. “Quero dizer que estou passando o mesmo que vocês e por causa disso gostaria de compartilhar meu amor, carinho, conforto e companhia”. E como se a simplicidade das crianças já não fosse poesia em si, Beatriz, de 10 anos, resolveu enviar a letra da música “Dias Melhores” do grupo Jota Quest. “Vivemos esperando/Dias melhores/Dias de paz, dias a mais…”.

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Foto: divulgação

Experiência

De acordo com a professora Tânia Regina dos Santos, responsável pela ação, a empatia e a cooperação devem estar presentes na vida dos alunos. Isso vale tanto para dentro quanto para fora do âmbito escolar. Ela explica que entre estas competências são, inclusive, sugeridas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) . “O exercício incentiva o diálogo e a colaboração, promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização de todos os indivíduos. Somos responsáveis por apresentar às crianças um mundo com caminhos possíveis para a ação”, revela.

Embora estejam fazendo as aulas em ambiente online, por causa do distanciamento social, os alunos participaram ativamente da ação. A atividade faz parte do Projeto de Intervenção Social (PIS) do Colégio Marista Glória. Essa prática pedagógica integra o sistema Marista e busca promover o diálogo e o protagonismo entre os alunos.