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Igualdade em tempos de Covid-19 é tema do Dia Internacional da Mulher; conheça mais a atuação feminina no combate à pandemia

A data busca refletir sobre os direitos das mulheres e exaltar sua participação na sociedade. Neste Dia Internacional da Mulher confira alguns nomes de destaque na atuação contra a Covid-19. Reconhecer o papel fundamental das mulheres em um cenário de pandemia é a proposta da ONU Mulheres para este 8 de março de 2021. Dessa […]
A data busca refletir sobre os direitos das mulheres e exaltar sua participação na sociedade. Neste Dia Internacional da Mulher confira alguns nomes de destaque na atuação contra a Covid-19.

Reconhecer o papel fundamental das mulheres em um cenário de pandemia é a proposta da ONU Mulheres para este 8 de março de 2021. Dessa forma, o tema escolhido para o Dia Internacional das Mulheres neste ano é “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19”. 

Apesar das muitas conquistas femininas alcançadas até hoje, ainda existem dificuldades para as mulheres. No Brasil, as trabalhadoras recebem cerca de 20,5% a menos que os homens, segundo estudo realizado pelo IBGE em 2018. Contudo, os desafios não as impedem de realizar seu trabalho com excelência.

Durante a pandemia, a força feminina foi essencial na liderança, na pesquisa e no cuidado dos pacientes – confira alguns exemplos.

Descobertas científicas das mulheres

Logo no início da pandemia, em março do ano passado, duas cientistas foram responsáveis pelo sequenciamento do genoma do vírus no Brasil. A pesquisa de que participaram Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus descobriu a sequência completa do genoma viral encontrado no país (SARS-CoV-2). Além disso, o trabalho foi finalizado em dois dias.

Ester coordena o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE). Jaqueline é pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Outra brasileira com destaque na pesquisa sobre o coronavírus é a doutora Daniela Barretto Barbosa Trivella. Ela lidera uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) que investiga o uso de remédios para o tratamento da covid-19. 

As mulheres também comandam o desenvolvimento de vacinas para a doença. Kizzmekia Corbett é líder dos estudos sobre coronavírus no Centro de Pesquisas sobre Vacinas dos Institutos Nacionais da Saúde (National Institutes of Health). Além de ser respeitada internacionalmente pelas pesquisas sobre o Sars-Cov, Kizzmekia é uma das 100 personalidades em ascensão pela revista Time.

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Liderança e determinação feminina

Os países que conseguiram controlar os primeiros casos de covid-19 são, em sua maioria, chefiados por mulheres. As líderes de Dinamarca, Etiópia, Finlândia, Alemanha, Islândia, Nova Zelândia e Eslováquia receberam elogios pela rapidez de suas ações. Além disso, a comunicação eficaz de informações de saúde também foi reconhecida nestas nações. 

Enquanto a transmissão do vírus ainda explodia pelo mundo, a Nova Zelândia conseguiu zerar os casos de covid-19 em junho de 2020. O assunto, inclusive, foi notícia no nosso jornal de Boas Notícias no Youtube:

O feito foi possível graças à liderança da premiê Jacinda Ardern, eleita em 2017.

Aos 39 anos, Jacinda Ardern é a terceira mulher a liderar a Nova Zelândia.

A Dinamarca é destaque na vacinação contra a covid-19 e é chefiada pela primeira-ministra Mette Frederiksen. Isso porque o país passou de 10 mil a 35 mil aplicações diárias no final de fevereiro, graças a um planejamento antecipado. A meta é chegar a 100 mil doses da vacina distribuídas por dia.

Dia Internacional da Mulher: luta de todas

O Dia Internacional da Mulher simboliza a luta das mulheres ao longo dos anos para terem condições de vida iguais às dos homens. Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o 8 de março começou movido pela igualdade salarial. No entanto, atualmente, a data representa também o combate ao machismo e à violência de gênero.

Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva