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Irmãos criam rede para alavancar ações de impacto contra a Covid-19

Idealizar, desenvolver e viabilizar ações que reduzam os impactos da pandemia de coronavírus. Essa é a ideia por trás da Covid Solutions Community, uma rede voluntária que tem dado um gás em iniciativas colaborativas e inovadoras que buscam ofertar suporte em tempos de crise. Desde que foi posta em prática, em março deste ano, a […]

Idealizar, desenvolver e viabilizar ações que reduzam os impactos da pandemia de coronavírus. Essa é a ideia por trás da Covid Solutions Community, uma rede voluntária que tem dado um gás em iniciativas colaborativas e inovadoras que buscam ofertar suporte em tempos de crise.

Desde que foi posta em prática, em março deste ano, a rede ajudou a alavancar 16 projetos. Das iniciativas apoiadas, seis foram boladas dentro da plataforma e quatro já estão em desenvolvimento. Ao todo, 500 voluntários se cadastraram e estão ativos na execução dos projetos. São mentores e corpo técnico unidos para o impulso de ideias como a “S.O.S Encurralados”, que ajuda empreendedores a encontrarem soluções para alavancarem os negócios.

Diego Ramos idealizou a S.O.S Encurralados e diz que a empreitada ganhou nova dimensão com o apoio da Covid Solutions. “Eu tive como compartilhar a ideia e encontrar pessoas interessantes, tanto em termos de valores como em questão técnica, então foi fundamental para formar o nosso time. Três meses depois, estamos com uma comunidade de mais de 200 mentores e já acolhemos mais de 300 empreendedores”, diz.

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Ideia nasceu entre irmãos

Nicolas Ryberg estuda engenharia elétrica na Federal de Santa Catarina, a UFSC. Na mesma universidade se formaram as irmãs Catalina Ryberg, em engenharia automotiva, e Maria Candelária Ryberg, em arquitetura e urbanismo. O trio criou a Covid Solutions. A ideia todam explica Nicolas, surgiu após uma conversa entre eles. “A gente começou com algumas ideias que na verdade nem faziam tanto sentido e depois percebemos que já existiam muitas soluções, muita gente com vontade de ajudar”, afirma.

Nicola Ryberg, estudante de engenharia é um dos responsáveis pelo projeto. Foto: reprodução.

O estudante vive atualmente em Munique, na Alemanha, e diz que ideias surgidas em outros países inspiraram ele e as irmãs a reproduzirem algo semelhante no Brasil. “Nós pensamos ‘por que a gente não consegue fazer uma coisa parecida aqui no Brasil, onde a gente conecta o pessoal que é bom, que tem habilidade para conseguir ajudar com um único objetivo que é combater a crise do Covid-19?’”.

Desenvolvimento rápido

Uma semana foi o intervalo das conversas entre os irmãos Ryberg e o desenvolvimento dos dois primeiros projetos. “Foi bem correria e eu acho que na quinta-feira a gente conseguiu ter tudo pronto. Viramos várias noites para fazer isso acontecer e, no sábado, a gente foi a público. No domingo, a gente já estava com 50 pessoas na comunidade e, na segunda seguinte, duas ideias rolando”, lembra Nicolas. O estudante avalia que a comunidade vem passando por um “crescimento bem contínuo” e que o resultado tem sido satisfatório.

Entre os projetos que se desenvolveram estão iniciativas de suporte a micro e pequenos negócios afetados pela crise, de alívio à saúde mental durante o isolamento social, de informação sobre a pandemia e o estado do sistema de saúde e de instituições que precisam de doações. A rede criou um portal na internet para apresentar as iniciativas que vem ajudando a desenvolver e, assim, ajudar a divulgar as ações.

Projeto aceita voluntários

No site da plataforma é possível se inscrever e se tornar um voluntário. Foto: reprodução.

Para participar da comunidade, o voluntário precisa se inscrever no site da organização e responder a um questionário sobre sua área de atuação. Uma vez apresentado(a), estará pronto para ajudar as diferentes iniciativas da Covid Solutions. Entre as diferentes formas de ajudar estão: passar orientações gerais sobre suas áreas de conhecimento e tirar dúvidas dos projetos pelos canais de suporte, trabalhar alocado diretamente em um projeto ou trazendo ideias para combater problemas causados pela pandemia.

Reportagem de Higor Paulino, sob supervisão de Ana Flavia Silva.