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Jovem polonesa cria loja de fachada para ajudar mulheres em situação de abuso

E-commerce de Krystyna Paszko, de 18 anos, já ajudou mais de 350 mulheres em situação de abuso. Iniciativa ganhou prêmio de honra da União Europeia.
O comércio de maquiagens de Krystyna Paszko, de 18 anos, já ajudou mais de 350 mulheres em situação de abuso. Além disso, a iniciativa ganhou um prêmio de honra da União Europeia.

Uma jovem polonesa, ao descobrir que a violência doméstica aumentou na pandemia, decidiu fazer o que estava ao seu alcance para ajudar as mulheres. Krystyna  Paszko criou uma loja de maquiagens de fachada, chama Rumianki i Bratki  (algo como “Camomilas e Amores perfeitos”, em português). Dessa forma, já ajudou mais de 350 mulheres em situação de abuso. 

Na verdade, o comércio é fachada para uma central de ajuda a mulheres em situação de abuso físico e psicológico. Assim que a pessoa clica em “comprar um produto”, ela tem acesso a uma rede de apoio, ou seja, uma equipe de psicólogos e advogados. 

A jovem, que tinha 17 anos quando montou o e-commerce, contou à BBC News que se inspirou em uma iniciativa francesa. Ao pedir um certo tipo de máscara em uma farmácia, os funcionários sabem que se trata de uma mulher em situação de abuso. Assim, eles tomam as medidas cabíveis para ajudá-la.

“Achei a ideia brilhante, então pensei em fazer o mesmo vendendo cosméticos” – Krystyna Paszko

O e-commerce de Krystyna expõe os produtos como se fosse uma loja de verdade. Foto: Facebook/Reprodução.

Expandindo a rede de apoio

A loja de maquiagens falsa de Krystyna tem apoio de uma ONG polonesa especializada em ajudar mulheres, a Women ‘s Rights Centre. Além disso, a iniciativa foi reconhecida pela União Europeia. Assim, ela recebeu uma gratificação de honra da instituição no valor de US $12.220 (em torno de R$71 mil). 

“Pensei que seria somente para minhas amigas e amigas delas. Pensei que eu poderia ajudar uma pessoa ou duas, mas o número de compartilhamentos no Facebook foi grande e a loja se tornou extremamente popular”, reconhece Krystyna à BBC. A jovem, que sempre se interessou pelos direitos humanos e das mulheres, conta que o escotismo lhe ensinou a importância de ajudar o próximo.