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Hospital encontra no lixo eletrônico meio de ajudar ONG no PR

Um hospital da grande Curitiba encontrou uma destinação mais responsável para o lixo eletrônico que produz. O que antes virava sucata, agora gera dinheiro para a manutenção de um projeto assistencial da região. Chamada de “Lixo do Bem”, a ação distribui os recursos obtidos com a reciclagem dos materiais para o atendimento de crianças em […]

Um hospital da grande Curitiba encontrou uma destinação mais responsável para o lixo eletrônico que produz. O que antes virava sucata, agora gera dinheiro para a manutenção de um projeto assistencial da região. Chamada de “Lixo do Bem”, a ação distribui os recursos obtidos com a reciclagem dos materiais para o atendimento de crianças em situação de vulnerabilidade.

A parceria foi firmada neste ano entre a direção do Hospital Angelina Caron, (HAG), de Campina Grande do Sul, e a associação Acridas. De abril até setembro, 845 kg de lixo eletrônico já foram convertidos em recursos para a instituição.

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Sustentável

As doações do lixo eletrônico, que acontecem de forma esporádica, são um exemplo de solução baseada no tripé da sustentabilidade.

Zenewton Klüppel coordena a gestão ambiental no hospital e vê com preocupação a questão do descarte correto dos eletrônicos.

“Todo aparelho eletrônico deve ser reciclado de forma cuidadosa por pessoas especializadas. Caso contrário, é alto o risco de contaminação para o meio ambiente e perigo à saúde humana”. Zenewton Klüppel

Além do impacto em boas práticas com o ambiente, a ação gera renda e cria laços com iniciativas sociais da comunidade. Com a parceria, a Acridas passou a ter um gás a mais para manter projetos em educação, lazer, esporte e cursos de especialização.

Lixo eletrônico: problema sério

O Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina e o sétimo maior do mundo. Anualmente, o país produz 1,5 mil toneladas de lixo eletrônico e apenas 3% de todo esse montante tem um descarte adequado. Os dados são do estudo global E-WasteMonitor, realizado pela ONU.

As consequências acabam por ter impacto direto na qualidade de vida local. O lixo eletrônico quando jogado em terrenos baldios, por exemplo, tem grandes chances de contaminar o solo e a água de lençóis freáticos. Isso porque computares, celulares, televisores e geladeiras contêm substâncias químicas pesadas, como o chumbo e o mercúrio, danosas ao ambiente.

Reportagem de Higor Paulino, com supervisão de Ana Flavia Silva.

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