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Moradores recebem vendedor de sopa com aplausos após ameaças de um dos condôminos

Em Salvador, Izael Menezes quase desistiu de vender sopas por causa da ameaça que recebeu em um condomínio. Porém, os outros moradores se solidarizaram com o vendedor, que esgotou suas vendas no prédio.
Em Salvador, Izael Menezes quase desistiu de vender sopas por causa da ameaça que recebeu em um condomínio. Porém, os outros moradores se solidarizaram com o vendedor, que esgotou suas vendas no prédio.

Aos 32 anos, Izael Menezes vende sopas em Salvador e grita para anunciar sua presença. Entretanto, isso incomodou um homem na região de Acupe de Brotas, na capital baiana. Perturbado com o trabalho de Izael, o condômino ameaçou o vendedor, que pensou em desistir do negócio. 

“Eu estava vendendo minha sopa como de costume. Eu grito para que as pessoas saibam que eu estou ali”, lembra Izael ao Jornal Correio. Contudo, naquele dia, ele não esperava que fosse receber uma ameaça. 

Um morador de condomínio, incomodado, gritou para que o vendedor saísse dali e disse que ele arcaria com as consequências. Depois da agressão verbal, os outros habitantes do prédio flagraram Izael chorando ao voltar para casa.

Apoio e solidariedade

Uma rede de apoio ao trabalhador se formou no condomínio, pois os moradores se revoltaram com o desrespeito que o ambulante sofreu. Dessa forma, Laís Brito, uma das condôminas, mobilizou o prédio em um grupo de WhatsApp, a fim de organizar um ato de apoio a Izael. 

Em entrevista ao Correio, ela conta que o vendedor é querido da maioria dos moradores. “Toda vez que estamos em casa, exaustos com tanta coisa ruim que vem acontecendo, ouvimos ele cheio de energia positiva e alegria, e ganhamos alegria também, o que nos fez criar um carinho enorme por Izael”, afirma. 

Assim, no dia 16 de junho, quando voltou ao condomínio para vender suas sopas, Izael recebeu uma surpresa. Os moradores do conjunto residencial o receberam com aplausos e gritos, além de esgotarem suas vendas. 

Grato pelo apoio, o ambulante reconhece que o que passou foi “um mal que ficou até pequeno diante do que veio em resposta” e não pensa mais em desistir de seu trabalho. 

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Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.

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