A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.

Onça-pintada que vivia em fazenda após queimadas no Pantanal ganha novo lar

Marruá perdeu a mãe em 2020, durante as queimadas no Pantanal. Ela foi acolhida por uma fazenda e, agora, irá para um centro de acolhimento.
Marruá perdeu a mãe em 2020, quando houve as queimadas no Pantanal. Entretanto, foi acolhida por uma fazenda e até dormia no sofá; agora, ela irá para um centro de acolhimento.

Em 2020, o Pantanal perdeu mais de 1/4 de sua extensão devido às queimadas que o atingiram. Além do prejuízo para o ambiente, muitos animais morreram, ficaram feridos e perderam seu habitat.

Uma das atingidas foi a onça-pintada Marruá, que na época era somente um filhote e perdeu a mãe para as chamas. Mas ela conseguiu encontrar abrigo junto aos funcionários de uma fazenda na cidade de Cáceres.

Quando resgatada, os policiais perceberam que Marruá era muito dócil. Foto: Instituto Rex/Reprodução

Assim, a onça cresceu junto a cães, gatos e outros animais, sendo alimentada todos os dias e tratada como se fosse doméstica. Até no sofá ela dormia. “Em 21 anos de trabalho, nunca vimos um animal tão manso!”, conta Daniela Gianni, coordenadora de Projetos e Atividades do Instituto Nex, que encontrou Marruá.

Novo lar

Hoje ela não é mais um filhote: com cerca de dois anos, já pesa 86 quilos e começou a caçar bezerros e mais animais da fazenda. Com medo de que onça acabasse ferida por algum dos vizinhos, o dono do local acionou a polícia ambiental de Cáceres, a qual acionou o ICMBio/Cenap (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos) e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) do Mato Grosso. Estes, por sua vez, acionaram o Instituto Rex, que será a nova casa de Marruá.

Marruá no momento em que foi resgatada pela polícia ambiental. Foto: Instituto Nex/Reprodução

“Por enquanto, ela está num recinto de quarentena, provisório, porque ainda vamos construir um recinto especial para ela, como acontece com cada animal que chega aqui. Cada um tem uma história e uma necessidade. Temos animais cegos, por exemplo, que precisam de lago raso, corrimão na passarela…”, explica Daniela.

O novo espaço da onça precisará ser grande, já que ela estava acostumada com espaço. Por isso, o Nex realiza uma vaquinha para arrecadar fundos para a construção do recinto. Também é possível doar através do PIX PIX 04567090000158 (CNPJ), indicando que o dinheiro é para o “recinto Marruá”.

Veja mais boas notícias: Onça-parda prenhe é flagrada pela primeira vez no Parque das Neblinas

Confira mais informações sobre a nova casa da onça no vídeo a seguir:

https://www.instagram.com/p/CZwTFVEIR31/

Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.