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Tribunal de Justiça do PR promove adoção de crianças e adolescentes via app

Primeiro aplicativo de adoção do Brasil, o A.dot já possibilitou que mais de 50 crianças conseguissem um lar.
Primeiro aplicativo de adoção do Brasil, o A.dot já possibilitou que mais de 50 crianças conseguissem um lar.

Nesta quarta-feira (25), comemora-se o Dia Nacional da Adoção. Mas, em 2022, esse dia também é o aniversário de quatro anos do A.dot, app desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Durante sua atuação, a iniciativa já realizou 56 adoções em todo o Brasil.

O aplicativo foi criado com objetivo de incentivar a adoção de crianças fora do “perfil desejado” pela maioria dos adotantes. Ou seja: bebês e/ou crianças nos primeiros anos de vida, completamente saudáveis e, de preferência, sem irmãos.

Assim, o A.dot apresenta vídeos e fotos de crianças e adolescentes prontos para a adoção, que podem não ter aquele perfil idealizado pelo adotante, mas que têm muito amor para dar.

Cada criança pode se apresentar no aplicativo e, dessa forma, buscar uma família. Foto: A.dot/Divulgação

“As pessoas idealizam as crianças que querem adotar. Mas, quando os adotantes veem a foto das crianças no aplicativo, que estão disponíveis para a adoção, eles percebem que o filho que existe é aquele. Não o idealizado, o real”, explica Sérgio Luiz Kreuz, juiz de direito substituto do TJPR.

De acordo com o magistrado, o aplicativo busca dar visibilidade a crianças e jovens que não seriam adotados de outra maneira, porque já se tentou de tudo nos sistemas oficiais. Só restaria a eles esperar. Contudo, no app, eles podem contar as suas histórias para os adotantes e terem a chance de encontrar o seu lar.

Botão que muda vidas

O A.dot tem a interface parecida com um app de namoro, conforme o juiz Sérgio. Nele, aparecem depoimentos das crianças e dos adolescentes, gravados por eles mesmos, juntamente com fotografias e mais informações básicas. São jovens de todo o país, que já estão com todos os registros e processos acertados para a adoção.

Primeiro app de adoção do Brasil, o A.dot possui uma interface rápida e simples de usar. Foto: App Store/Divulgação

Os adotantes, que devem também estar com o processo regularizado para entrar no aplicativo, podem assistir ao material e dar um “coração” para os seus favoritos. Se quiserem entrar com o pedido de aproximação, ou seja, para conhecer a criança, podem fazê-lo por meio de um botão.

Depois, o TJ envia o pedido para o juiz responsável pelo menor em questão, o que garante agilidade ao processo. “São todas crianças prontas para a adoção. Tudo é muito rápido para o adotante”, garante o desembargador do TJ.

56 crianças e adolescentes adotados

o A.dot está disponível em estados brasileiros, mas também possui uma versão em inglês para estrangeiros. Foto: A.dot/Divulgação

Ao longo de seus quatro anos de atuação, mais de 43,9 mil pessoas pediram acesso ao aplicativo e 56 adoções foram realizadas. Dessa forma, os grupos menos visados na adoção oficial, como adolescentes de 16, 17 e 18 anos conseguiram finalmente a adoção graças ao A.dot, tal qual crianças com deficiência e famílias numerosas de irmãos.

“Lá no início, quando lançamos o app, eu me lembro de ter dito que se fizéssemos uma adoção, já teria valido a pena. Isso porque ia mudar a vida de uma criança. Hoje, com mais de 50 adoções, eu digo que definitivamente valeu a pena”, finaliza o Dr. Sérgio Luiz.

O aplicativo está disponível para Android e iOs. Clique para baixar! ❤️

Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.