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Advogada “simplifica” linguagem do direito para que toda população compreenda

A ideia é democratizar as expressões do “juridiquês” e usar um vocabulário que toda a população possa entender.
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Advogada quer simplificar o “juridiquês” no direito (Foto: Divulgação/Agência Brasil)

A advogada, escritora e jornalista, Ivy Farias vai aplicar um curso para profissionais da área do direito de como simplificar a linguagem. A ideia é democratizar as expressões do “juridiquês” e usar um vocabulário que toda a população possa entender.

Ela avalia que a situação atual é complexa, porque faz com que a “pessoa comum” não entenda um direito que é dela. Além disso, ela diz que nem mesmo aquelas que têm mais escolaridade entendem os textos e as sentenças utilizadas na área.

“É como se você tivesse algo, mas não usasse. Como é possível ter Justiça se ela não é compreendida? Este é o ponto. Se uma pessoa com alto grau de escolaridade não entende, significa que tem algo errado. A proposta é que todo mundo entenda, e de primeira, porque isso economiza tempo e dinheiro”, aponta Ivy.

Reprodução/Instagram @ivyfarias

De acordo com a advogada, o Brasil mantém uma forte tradição portuguesa, colonialista, no direito e reflete pouco o porquê segue assim. Além disso, ela também levanta a questão de como seria um fator que facilita também para quem atua no direito.

“Hoje nós lemos mais, mas compreendemos menos, e há uma série de conteúdos que não existiam décadas atrás. A atenção é dispersa. Então, tudo que é feito para economizar o tempo de quem lê é bem-vindo”, comenta.

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O debate na área

Apesar disso, essa é uma pauta que não é discutida apenas por Ivy. Segundo a Agência Brasil, há inúmeras iniciativas no país que buscam simplificar o linguajar jurídico. Daniel Annemberg, ex-vereador de São Paulo, é autor da lei que determina que todos os órgãos públicos da cidade busquem democratizar o “juridiquês”.

“Quando a gente está há bastante tempo na área pública, tem a mania de falar por siglas, falar por termos técnicos. Isso é muito ruim porque não se democratiza o acesso às pessoas. Muitas vezes, explica-se algo, e elas simplesmente não entendem. Daí vem a importância de haver, na área pública, como já ocorre em vários países, uma lei que deixe muito clara a forma de se comunicar com a população”, explicou Annemberg.

Ele completa destacando que “falar difícil” apenas afasta as pessoas de entenderem o que está sendo dito. Além disso, Daniel também questiona: “por que não falar em uma linguagem que as pessoas possam entender de forma mais clara, mais simples, mais transparente? Aí, se atinge muito mais gente”.

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*Leandro Bernardi sob orientação de Ana Flavia Silva