O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba-PR, virou referência no acolhimento a pessoas com autismo ao criar uma sala sensorial de acomodação. Além disso, os projetos Narrativa Visual e Mapa Sensorial preparam os visitantes para a experiência.
O espaço conta com luz e barulho reduzidos e mobiliário especial. Ele foi planejado para que as pessoas tenham um local onde possam permanecer por um tempo e se autorregular em caso de necessidade. A área fica em frente à Sala 01, no 1° andar do edifício principal.
Além disso, os visitantes recebem na entrada um cordão de girassóis, símbolo internacional de identificação de pessoas com deficiências não visíveis. No local há disponibilidade de abafadores de ouvido. O cordão e os abafadores podem ser levados como presente para que os visitantes os guardem como recordação e utilizem em outros lugares.
O MON ainda oferece aos seus visitantes autistas ou neurodivergentes materiais para auxiliar no planejamento da visita. Dessa forma, a Narrativa Visual mostra, por meio de imagens e textos curtos, o que se pode esperar, enquanto o Mapa Sensorial indica quais são os estímulos sensoriais mais comuns.
O projeto
A arquiteta Marina Pasetto Baki, que trabalha no MON, é autista e esteve à frente da consolidação do projeto.
“Eu sou autista. Todo autista é muito diferente, mas existem características comuns como a necessidade de previsibilidade. E estas questões sensoriais para quem é neurotípico é difícil de entender e enxergar. Então o projeto só deu certo porque contou com a participação de pessoas autistas como eu e todas as pessoas que avaliaram o projeto, dando opinião e feedback”, afirma em entrevista a AEN.
Referência
Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), não há dados de que outro museu brasileiro tenha uma sala de acomodação sensoria igual à do MON. Isso porque as instituições ainda estão começando a implementar iniciativas de acolhimento às pessoas com autismo.
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Com informações da Agência Estadual de Notícias.
Reportagem de Gabriela Rocha, sob orientação de Ana Flavia Silva.
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