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Após tratamento inovador, noiva realiza sonho de entrar andando no casamento

Leiliane Melquíades realizou o sonho de entrar caminhando na igreja no dia do casamento após tratamento ortopédico
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“Tratamento Ponseti” permite noiva a caminhar em cerimônia de casamento (Foto: Arquivo Pessoal)

Leiliane Melquíades, uma mulher de Garanhuns, no interior de Pernambuco, realizou o sonho de entrar caminhando na igreja no dia do casamento. Em 2020, após 36 anos convivendo com paraparesia, ela encontrou o tratamento adequado.

A paraparesia é uma condição caracterizada pela incapacidade de mover parcialmente os membros inferiores. Dessa forma, o paciente tem dificuldade para andar, pode ter problemas urinários e espasmo musculares. A causa pode estar relacionada a alterações genéticas, danos na coluna ou infecções.

Tratamento e noivo

“Na pandemia senti muita dor, mesmo sem pisar. Era como se o pé fosse quebrar, de tanta ‘força’ (que fazia) para dentro”, conta Leiliane. Em meio à dor, buscou alternativas para se livrar da dor e encontrou o método Ponseti, em Brasília, onde realizou um tratamento que usa gesso. Também foi lá que ela conheceu o noivo.

Foram nove meses de tratamento. O gesso era trocado semanalmente. Mas a terapia precisou ser interrompida quando Leilane contraiu uma infecção. O médico alertou que, se a infecção não fosse cessada a tempo, a mulher poderia ter de amputar a perna. Foi nesse período de tratamento da infecção, que Leilane conheceu o esposo: “Ele ressignificou meu tratamento e a dor que eu estava passando, então tudo se tornou mais leve. Ele é super bem humorado, então mesmo quando eu estava com dor, me fazia rir”.

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O corpo reagiu bem e o tratamento pode ser finalizado. “Encontrar palavras pra descrever é difícil, mas fiquei maravilhada com a sensação de sentir a planta do pé. Foi incrível quando fui à praia e pude sentir a areia, foi mágico”, conta. Ela também fala sobre usar a bicicleta ergométrica: “Já tinha feito o exercício, mas ver seu pé encaixado perfeitamente pra frente, me deixou frenética de alegria. É uma sensação diferente, pois, com a areia foi uma descoberta de sensação e com a bicicleta é uma sensação de poder”.

O sonho do casamento

Bruno e Leiliane tinham o sonho de se casar após o tratamento da jovem. Porém, havia um problema: a terapia terminou dia 2 de julho de 2021 e o casamento estava marcado para o dia 31 do mesmo mês. Ou seja: as possibilidades da noiva realizar o sonho de entrar caminhando no casamento eram remotas, por causa do tempo que passou com as pernas imobilizadas. Mas ela não desistiu. “Falei para a equipe de fisioterapia: ‘Quero ficar de pé no meu casamento’, e todo dia eu ia e ficava quase três horas lá. Eu tentava ficar de pé, mas no começo era difícil, então ficava 15 ou 30 segundos”, conta.

Os noivos organizaram todos os preparativos para a cerimônia em apenas dois meses, enquanto Leiliane fazia fisioterapia. E ela surpreendeu a todos ao conseguir entrar caminhando na cerimônia. “Quando abriu as portas, eu consegui andar! Meu noivo chorou bastante e o padre também chorou ao me ver de pé. Foi muito emocionante!”

Tratamento adiado

Leiliane só começou a terapia aos 36 anos, após fortes dores nos pés, pois não tratou da condição na infância. Ela conta que aos três anos de idade foi levada ao médico mas, na época, foi considerada “velha demais” para o tratamento. Além disso, os médicos identificaram uma escoliose e indicaram que ela devia primeiramente passar por uma cirurgia na coluna. 

Assim, a mãe desistiu dos procedimentos por pensar que tudo isso só machucaria a criança. Atualmente, ela comenta com alegria sobre a história que viveu e destaca que continua realizando sonhos: “Estou gerando nosso milagre”, conta ao falar da gravidez de 12 semanas.

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva

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