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Primeira hispânica na equipe da Nasa, Diana Trujillo saiu de casa com 17 anos e $300

Diana hoje coordena o Programa de Exploração de Marte da Nasa. Em fevereiro, ela narrou uma aterrissagem em espanhol pela primeira vez na Agência.
Diana hoje coordena o Programa de Exploração de Marte da Nasa. Em fevereiro, ela narrou uma aterrissagem em espanhol pela primeira vez na Agência.

Diana Trujillo tem 38 anos e é engenheira aeroespacial da Nasa. Há pouco tempo ela liderou a missão Curiosity, que monitora a superfície de Marte. Além disso, foi nomeada diretora de voo do Mars 2020, o Programa de Exploração de Marte da Nasa. Dona dessas e muitas outras conquistas, a colombiana teve um início humilde, mas seguiu firme no propósito.

O início de um sonho…

Desde pequena, Diana gostava de ciência. Assim, quando seu pai lhe propôs uma vida de estudos nos Estados Unidos acompanhada de uma das tias, ela imediatamente aceitou. Com apenas 17 anos e $300 no bolso, a jovem trocou Cali por Miami. 

No novo país, Diana enfrentou a dura realidade da imigração. Precisou trabalhar para pagar os estudos na Miami Dade College e lidou com o preconceito. Enquanto estudava engenharia aeroespacial, chegou a pegar seis ônibus para chegar à universidade, segundo o site Good News Network. 

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Deu tudo certo!

A engenheira começou a trabalhar na Nasa em 2008 e foi a primeira mulher hispânica admitida na organização. Depois de anos de muito trabalho, Diana recebeu o Prêmio Bruce Murray por Excelência em Educação e Administração Pública do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), em 2017. Recentemente, já em 2021, foi premiada pelo congresso colombiano pela liderança em um espaço dominado por homens. 

Em fevereiro, Diana fez a primeira narração em espanhol de uma aterrissagem de nave da Nasa. Em entrevista ao jornal El País, ela conta que insistiu muito para que a ação acontecesse. Dessa forma, quis ajudar jovens latinos e espanhóis a descobrirem a paixão pela ciência e pelo espaço.

“O objetivo era que este momento histórico chegasse não só aos cientistas e aos engenheiros que falam inglês, mas também às avós, aos avôs, às mães, aos pais e sobretudo às meninas e meninos da América Latina e Espanha”. Diana Trujillo

Reportagem de Isabela Stanga sob supervisão de Ana Flavia Silva.

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