O fotojornalista Sebastião Salgado promoveu uma verdadeira transformação em uma região que era considerada árida e se tornou uma floresta tropical. Após se deparar com o desmatamento na região onde nasceu, ele e a esposa, Lélia Wanick decidiram reflorestar o local.
A decisão foi tomada após Salgado voltar de um trabalho traumatizante em Ruanda, em 1994. “A terra estava tão doente quanto eu, tudo foi destruído”, disse o fotógrafo. Assim, começaram os trabalhos, trazendo voluntários e garantindo financiamento para a iniciativa.
Em 1998, o casal fundou o Instituto Terra, uma organização sem fins lucrativos comprometida com a recuperação e conservação de florestas. Porém, o plantio começou apenas em 1999, quando o jornalista comprou dos pais uma fazenda de gado abandonada.
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Segundo o The Guardian, nos 20 anos seguintes, a organização plantou mais de dois milhões de árvores de 293 espécies. As nascentes de água, que estavam secas, passaram a fluir. Mais de 172 espécies de aves, 33 espécies de mamíferos e 15 espécies de anfíbios e répteis já foram encontradas na área. Além disso, a floresta voltou a ser como era e foi declarada Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Para Salgado, o esforço representou mais do que recuperar a terra natal. “Quando começamos a fazer isso, todos os insetos, pássaros e peixes voltaram e, graças a esse aumento de árvores, eu também renasci, esse foi o momento mais importante.”
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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva